Você sabe quais são os principais inimigos do fígado?
São eles:
- Obesidade e sedentarismo;
- Bebidas alcoólicas;
- Doenças virais e autoimunes;
- Automedicação e drogas;
- Má alimentação, rica em gordura, açúcar e produtos industrializados.
Você sabe quais são os principais inimigos do fígado?
São eles:
O que é?
A esteatose hepática ocorre quando o fígado é invadido por uma quantidade excessiva de gordura e o tecido hepático saudável é parcialmente substituído por áreas não saudáveis de gordura. Nesses fígados, as células e os espaços do fígado são preenchidos por gordura, resultando em um fígado aumentado de volume e mais pesado.
Em nosso meio, a esteatose acomete 1 em cada 3 pacientes adultos e o número de crianças e adolescentes acometidas tem crescido em virtude do sedentarismo e má alimentação. Isto torna a esteatose e a DHGNA um problema de saúde pública, especialmente quando se sabe que os principais fatores a ela associados, como o diabetes e a obesidade, continuam crescendo sua prevalência em todo mundo.
Quais são as causas?
As causas podem ser:
Qual é o diagnóstico?
No diagnóstico de esteatose hepática, o médico vai primariamente eliminar outras possíveis causas de doença hepática e de esteatose. No seu exame clínico, além do exame geral, importante para afastar causas sistêmicas de esteatose, muita atenção deve ser dada à medida da pressão arterial e da medida da circunferência da cintura (a obesidade visceral, aquele “pneuzinho” incômodo da barriga está frequentemente associado à esteatose) e à palpação do fígado.
Exames de sangue podem ser solicitados com o intuito de dosar as enzimas do fígado (ALT, AST, GGT e fosfatase alcalina). Exames metabólicos como dosagem de glicose, insulina, colesterol e frações, triglicérides, hemoglobina glicosilada, além de outros exames frequentemente alterados como ácido úrico, ferritina, etc.
O diagnóstico de esteatose já pode ser feito na palpação do fígado pelo médico e confirmado pelo ultrassom de abdomem, exame simples e indolor. As imagens obtidas por um exame de ultrassonografia mostram um fígado mais brilhante e granulado. A palpação pode revelar um fígado já com doença mais avançada, o que também pode ser confirmado pelo próprio ultrassom ou, melhor ainda, por aparelhos que medem o grau de rigidez do fígado por método denominado elastometria (FibroScan ou Axplorer) que, a exemplo do ultrassom, são exames não invasivos.
Eventualmente uma biópsia do fígado pode ser solicitada, especialmente em casos que haja dúvida importante sobre a causa do problema.
Como é realizado o tratamento?
Nos casos de esteatose secundária, a eliminação ou correção do agente causal, quando possível, resolve o problema, enquanto o tratamento da doença hepática existente e a abstenção alcoólica podem eliminar a esteatose do fígado. Na doença hepática gordurosa o tratamento é direcionado primeiramente para as modificações de hábitos de vida que envolvem dietas mais saudáveis e aumento da atividade física. Medicamentos sensibilizadores de insulina, antioxidantes e protetores celulares podem ser utilizados a cada caso, sob orientação médica.
O que é Hepatite?
A Hepatite é uma doença silenciosa que provoca inflamação no fígado e pode ser causada tanto pelo vírus de hepatite (como os vírus A, B, C, Delta e E), quanto pelo uso de álcool e medicamentos.
Quais são os sintomas?
Os sintomas mais comuns das hepatites virais são mal-estar e cansaço, muito semelhantes aos de várias doenças, o que pode dificultar o diagnóstico. Por isso aconselha-se a realização de exames para diagnóstico. Em algumas fases da doença, a pele e os olhos podem ganhar uma cor amarelada e a urina fica escura, mas nem sempre estes sinais estão presentes.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico das hepatites virais pode ser confirmado por testes bioquímicos identificando um aumento significativo das enzimas do fígado (transaminases), devido à destruição do tecido hepático. Também podem ser realizados testes sorológicos, de imagem e biópsia do fígado.
Qual o tratamento?
O tratamento para hepatite consiste inicialmente em repouso, hidratação, boa alimentação e além de medicação. O processo pode variar, porém dura em média de 4 a 5 semanas.
Fale sempre com o seu médico e peça para fazer o teste de Hepatite.
Confira aqui os dados da SBH (Sociedade Brasileira de Hepatologia) e Data Folha Brasil, com dados recentes sobre Hepatite C na população brasileira.
Foram 2.125 entrevistas, em 120 municípios no Brasil todo.
os principais resultados são:
– 23% dos brasileiros com 16 anos ou mais declararam que já tiveram e/ou conhecem alguém que já teve algum tipo de hepatite
– para 86% da populção, a hepatite é considerada uma doença grave
-74% dos entrevistados, consideram a hepatite C uma doença causada por um vírus que inflama o fígado
– 67% responderam que a hepatite C é um dos 3 tipos mais comuns de hepatite
– 64% acreditam que hepatite C tem cura
para saber os resultados completos desta pesquisa inédita, clique aqui.
Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), cerca de 300 milhões de pessoas são portadoras dos vírus das hepatites B e C em todo o mundo. O Ministério da Saúde estima que 26 mil pessoas recebem tratamento para estas doenças no Brasil. Nesta edição, o @saúde com Jairo Bouer traz os novos tratamentos que em breve estarão disponíveis no Brasil para quem tem hepatite C.
A doença é causada por um vírus que agride o fígado, provocando uma inflamação que pode evoluir para cirrose e até câncer no órgão. O vírus da hepatite C é transmitido pelo contato direto entre o sangue infectado devido ao compartilhamento de seringas e agulhas. A transmissão por relação sexual é rara.
Edson Roberto Parise, presidente da Sociedade Brasileira de Hepatologia, afirma que a principal vantagem dos novos medicamentos é a redução do tempo de tratamento, bem como poucos efeitos colaterais.
Um tratamento comum tem duração de 11 meses, e as drogas mais avançadas prometem reduzir este período para apenas três. Os efeitos colaterais também são menores, já que o organismo passa a ter pouco contato com a droga.
O custo, no entanto, pode ser um empecilho para que esses novos tratamentos atinjam grande parte da população. É que, segundo Parise, nos Estados Unidos cada cápsula sai por mil dólares. “Caso alguém tenha interesse em importar o medicamento para o Brasil, precisará desembolsar R$400 mil reais pelo tratamento”, afirma.
Segundo Parise, os novos medicamentos já estão sendo analisados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e em breve estarão disponíveis no Brasil.
Assista também à íntegra desta entrevista aos demais programas no UOL Saúde. E se você tem alguma pergunta sobre saúde, sexo ou comportamento, envie para [email protected]. Algumas questões serão selecionadas e respondidas nos futuros vídeos.
Autor: José da Silva
Atualmente a hepatite C acomete cerca de 2,5 milhões de pessoas no Brasil, sendo que uma parcela significativa dessas pessoas nem sabem que estão contaminadas.
A infecção crônica pelo vírus C apresenta uma característica marcante de evoluir, ao longo dos anos, com pouca ou nenhuma manifestação clínica que chame a atenção para sua existência.
É uma doença que, uma vez não tratada, pode evoluir para cirrose hepática e também aumenta o risco para o aparecimento do câncer de fígado.
O tratamento da hepatite C, quando bem sucedido, leva à cura da infecção, detém a progressão da doença hepática e reduz significativamente o desenvolvimento do câncer de fígado.
A falta de diagnóstico na fase inicial da doença, fase de melhor resposta ao tratamento, impede seu tratamento curativo e impacta de forma negativa sobre os custos da saúde.
A frequência da hepatite C aumenta com a idade, sendo maior a partir dos 30-40 anos. A maior frequência de indivíduos infectados nessa faixa etária é explicada pela maior exposição desse grupo etário aos fatores de risco para transmissão da hepatite C.
Apenas no final da década de 60 e início da década de 70 começou a haver a substituição das seringas de vidro e agulhas reutilizáveis pelas seringas e agulhas descartáveis.
Vários relatos demonstram a importância desse meio de transmissão da doença, principalmente entre atletas que compartilhavam seringas e agulhas não descartáveis para uso de estimulantes.
Também na população geral era comum a utilização de injeções para gripe e energizantes, aplicadas indistintamente e sem prescrição médica nas farmácias do Brasil, com agulhas e seringas não descartáveis, submetidas a fervuras que não eliminavam o vírus da hepatite C.
Não podemos nos esquecer também da prática, comum até muito recentemente, da utilização de material pérfuro-cortante não esterilizado adequadamente e aparentemente inofensivo, na rotina diária, como ocorria nos salões de manicures e pedicures, acumpuntura, consultórios odontológicos, principalmente pelo desconhecimento sobre as formas de contágio da hepatite C e meios adequados de desinfecção do material.
Fazem parte desse grupo também, indivíduos que fazem uso de drogas injetáveis e inalatórias e que compartilham material de consumo.
Outro fator importante na transmissão do vírus até 1992 foi a transfusão de sangue infectado com o vírus da hepatite C. Até esse ano, o teste que detecta o paciente infectado (anti-VHC, anticorpo contra o vírus da hepatite C) não era disponível para que se excluíssem os infectados da lista de doadores.
Nessa época apenas pacientes com elevação das enzimas do fígado ou com histórico de hepatite no passado eram impedidos de doarem sangue. Somente a partir de 1992 vários bancos de sangue começaram a utilizar o anti-VHC para rastreamento do vírus da hepatite C, tornado obrigatório em 2003 pelo Ministério da Saúde (Diário Oficial da União em 02 de dezembro de 2003).