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10 de junho de 2016 FígadoNotícias

Acredita-se hoje que o diabetes mellitus ou diabetes tipo 2 seja um processo que evolui ao longo dos anos, iniciando-se por uma mudança na liberação e atuação da insulina nos tecidos periféricos, chamada resistência periférica à insulina (RPI).

A insulina é o hormônio que regula a entrada de açúcar nas células. Essa alteração seria geneticamente herdada de pais para filhos e seu aparecimento e progressão dependerá da interação dessa genética com fatores do meio externo, especialmente o estilo de vida da pessoa que inclui principalmente seus hábitos alimentares, obesidade e grau de sedentarismo, entre outros.


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Maria Lucia Gomes Ferraz
EPIDEMIOLOGIA

A hepatite A é causada por um vírus que se transmite de uma pessoa infectada para outra, por via fecal-oral. Isso quer dizer que uma pessoa com a doença elimina os vírus pelas fezes. Esses vírus podem contaminar a água, se as condições de esgoto não forem adequadas, ou uma pessoa pode contaminar outra, se faltar higiene das mãos após a evacuação.

Quando ocorre contaminação da água, podem acontecer as epidemias: muitas pessoas se infectam ao mesmo tempo. Surtos epidêmicos também podem ocorrer em creches, orfanatos, instituições e acampamentos infantis, mediados por disseminação pessoa-a-pessoa. A doença também já foi observada em usuários de drogas intravenosas, não se conseguindo, entretanto, determinar se a contaminação ocorreu através de agulhas e seringas contaminadas ou devido às péssimas condições de higiene destes indivíduos. A transmissão através do contato sexual é mais rara, porém pode ocorrer.

A ocorrência de hepatite A varia de país para país, na dependência de políticas de saneamento, educação, nível sócio-econômico e condições de vida das populações. Nos países desenvolvidos é menos comum e é frequente nos países em desenvolvimento.

No Brasil tem havido uma mudança no perfil epidemiológico da hepatite A nos últimos 10 anos, com diminuição expressiva da doença na população infantil que, normalmente, apresenta a forma assintomática. Este fato, acrescido do prolongamento da expectativa de vida, acarreta um maior número de adultos susceptíveis ao desenvolvimento das formas mais agressivas e sintomáticas da doença, criando uma situação de maior gravidade, do ponto de vista de saúde pública. Desde 2006, a taxa de incidência de hepatite A no Brasil tem apresentado tendência de queda, segundo os dados do Ministério da Saúde. A maioria dos casos se concentra nas regiões Norte e Nordeste, que, juntas, representam 55,8% (84.501) das confirmações neste período. As regiões Sudeste abrangem 16,4% (24.835); Sul 16,3% (24.684); e Centro-Oeste 11,6% (17.566) dos casos.

ASPECTOS CLÍNICOS

A hepatite A tem um período de incubação de aproximadamente 28 dias, sendo este o período de maior transmissão da doença, pois a eliminação fecal de vírus é intensa nessa fase.

Após o período de incubação, aparecem os primeiros sintomas da doença, incluindo febre baixa, náuseas, vômitos, fadiga e falta de apetite, que caracterizam o período prodrômico, com duração não superior a uma semana. Dor na parte direita do abdômen também pode estar presente. A seguir, nas formas clássicas da doença, surge a coloração escura da urina (colúria) e o amarelamento da pele e mucosas (icterícia), em graus variáveis. A duração desta sintomatologia também é variável, podendo ser de poucos dias até alguns meses.

A hepatite A é, classicamente, caracterizada como uma doença benigna, de curta duração, raramente fatal. Entretanto, quando a doença acomete adultos este quadro pode ser mais grave. Além de maior proporção de indivíduos ictéricos, também têm sido observadas, em adultos, formas prolongadas e polifásicas da doença, ou seja, quando a doença parece estar melhorando novamente intensifica-se o quadro clínico. Nota-se também em adultos, maior freqüência de formas colestáticas, ou seja, com muita icterícia e coceira na pele. Embora rara, pode ocorrer também a forma fulminante da doença, de extrema gravidade e que se constitui em uma indicação de transplante de fígado. Caso o transplante não seja realizado nesta forma fulminante, a mortalidade é extremamente alta.

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico é feito por meio de exames de sangue que detectam elevação das enzimas hepáticas (AST e ALT), em geral acima de dez vezes o limite superior da normalidade. A confirmação do diagnóstico de hepatite A é realizado por meio da sorologia, que detecta anticorpos contra o vírus A de caráter agudo (IgM).

TRATAMENTO E PROFILAXIA

A hepatite A não possui tratamento específico. O quadro se resolve espontaneamente, após um período de algumas semanas. Podem ser utilizadas medicações sintomáticas, para náuseas, vômitos ou febre. Recomenda-se um repouso relativo, ou seja, devem ser evitadas atividades físicas extenuantes. Além disso, proíbe-se, na fase de estado da doença, o uso de bebidas alcoólicas e qualquer outra substâncias que possa causar dano ao fígado, incluindo medicamentos.

A única forma de se evitar a infecção é através da profilaxia, que pode ser feita por meio de mudanças no comportamento da população e através da imunoprofilaxia passiva (imunoglobulina) ou ativa, com o uso da vacina para hepatite A, disponível há vários anos para uso em humanos.

A implantação de programas de saneamento básico é uma das principais medidas para evitar a ocorrência da doença. Individualmente, deve-se aconselhar higiene pessoal adequada, incluindo a lavagem das mãos e o cuidado com o consumo de água não tratada. A lavagem das mãos é o método mais eficiente na prevenção e controle da infecção pelo vírus. Infelizmente, é de difícil compreensão, mesmo para profissionais da área da saúde, a importância deste simples método.

A imunização passiva contra a hepatite A é feita com o emprego da imunoglobulina (IG). É constituída de uma preparação de anticorpos administrada por via intramuscular (IM), tão logo quanto possível e não mais do que 2 semanas após a exposição. A IG está indicada, na pré-exposição, para viajantes de áreas de baixa prevalência que se dirigem para regiões de alta prevalência da infecção, e que estarão expostos ao vírus em um período menor que 15 dias. Nesse caso a IG deve ser administrada simultaneamente à primeira dose da vacina. Pós-exposição, a IG deve ser utilizada no período de duas semanas após o contato, atingindo eficácia de 85%.

A vacina contra hepatite A é recomendada para crianças aos 12 e 18 meses de idade. A vacina também pode ser aplicada em adultos a qualquer momento, sobretudo transplantados, profissionais de saúde, portadores de outra doença do crônica do fígado e viajantes para áreas hiperendêmicas. Vacinação inativada está disponível nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie), é clinicamente bem tolerada e altamente imunogênica. Cerca de 30 dias após a primeira dose, mais de 95% dos adultos desenvolvem anticorpos.
Como se pode depreender, a hepatite A é doença, na maior parte das vezes, benigna e autolimitada; entretanto, pode cursar com formas graves em alguns casos, sobretudo em adultos. No controle desta doença, a profilaxia se destaca como a medida mais importante, visto que ainda não há tratamento específico.

O personagem da novela que apresenta diagnóstico de hepatite A é um adulto, que como exposto acima, geralmente apresenta um quadro mais florido, do ponto de vista clínico, do que as crianças, que geralmente são assintomáticas.
A intensidade do quadro clínico apresentado pelo personagem (com vômitos, desmaio, tonturas e fadiga intensa) pode ser atribuída à concomitância do abuso alcoólico no período inicial da doença, o que pode contribuir para a intensificação da necrose hepática, piora do quadro clínico e comprometimento do prognóstico. Adultos devem estar atentos ao repouso relativo, a uma alimentação adequada e, sobretudo, à abstinência alcoólica.


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24 de março de 2016 FígadoNotícias

A Páscoa sempre é lembrada pelos ovos de chocolate, que nos últimos anos têm sido vendidos nos mais variados formatos, complementos e gostos.

A chegada da Páscoa é sempre aguardada com um misto de prazer e preocupação pelos que fazem dieta e pelos pais, se por um lado a ingestão do chocolate é cercada de prazer e bem estar, por outro lado trata-se, em geral, de alimento com elevado valor calórico pelo excesso de carboidratos e gorduras.

Para diversas doenças do fígado isso pode ser um fator agravante, como aquelas que apresentam esteatose (acúmulo de gordura no fígado) associada, principalmente à distúrbios do metabolismo, a chamada doença hepática gordurosa não alcoólica e a esteato-hepatite não alcoólica

O nome de chocolate provém da palavra original dos aztecas: Xocoatl, sendo conhecido como “Theobroma Cacao”, que significa, “alimento ou manjar dos deuses”.

O chocolate é obtido a partir da mistura de derivados de cacau, massa (ou pasta ou licor de cacau), cacau em pó e/ou manteiga de cacau com outros ingredientes, contendo no mínimo 25 % de sólidos totais de cacau. O produto pode apresentar recheio, cobertura, formato e consistência variada.

Entre os séculos 16 e 20, o uso do cacau como tratamento medicinal, foi muito bem documentado. Entre os benefícios observados, relatou-se sensação de bem-estar, em concordância com sentimento de felicidade que sentimos após o consumo desse alimento o considerado por nossos ancestrais como o manjar dos deuses. Essa sensação parece estar relacionada ao aumento dos níveis de serotonina no organismo.

O chocolate preto, o mais recomendado, deve ter em sua composição no mínimo 35% por peso de licor de cacau, sendo que o branco contém apenas manteiga de cacau, combinado com açúcares e ingredientes lácteos, sendo o menos recomendado para consumo.  O licor de cacau é um alimento fonte de compostos com reconhecidos benefícios para a saúde, à manteiga de cacau possui quantidades significantes de gorduras e o cacau em pó é fonte de vitaminas, minerais, fibras e polifenóis (que apresenta efeitos antioxidantes, benéficos até para o fígado).

 

Qual ovo escolher?

Segundo a nutricionista Maria Cristina Elias do Serviço de Fígado da Universidade Federal de São Paulo, na hora de decidir qual ovo comprar, devemos ficar muito atentos na composição nutricional, ou seja, na quantidade de gordura e açúcar presentes no ovo de Páscoa.

Os benefícios do chocolate estão associados ao teor de cacau e dos compostos fenólicos, responsáveis pelo amargor.

O chocolate amargo é o ideal e, em segundo lugar vem o meio amargo. Apesar da opção ao leite ser a preferida das crianças, contém menos cacau e mais açúcar. O branco não é recomendável por não conter cacau. Os recheados podem conter maior quantidade de açúcares e gorduras. Os benefícios relatados ao chocolate desde os nossos ancestrais, estão relacionados ao extra-amargo, ou seja, que contêm em sua composição nutricional pelo menos 75% de cacau.

Na hora da escolha, priorize os com maior conteúdo de cacau, os mais pretinhos, para que além do prazer de se consumir o chocolate, aproveite também os benefícios que o cacau traz para a saúde em geral.  Para os diabéticos ou outros que por algum motivo não possam consumir açúcar, optar pelo diet (sem açúcar), mas sempre se lembrando de preferir o pretinho, e lembrando sempre que quanto mais cacau tiver em sua composição, melhor.  Os que apresentam problemas no fígado, colesterol e pressão elevada, também devem preferir os com conteúdo elevado de cacau, pois estudos mostram benefícios se consumido com moderação.

Para todos os indivíduos saudáveis ou com problemas de saúde, fica a dica, muita atenção às quantidades sempre, mesmo optando pelo extra-amargo, diet ou light, pois todos possuem calorias em excesso.    Para que comprar um ovo de 500 gramas, se posso me satisfazer com 100 gramas? Não tenha dúvidas: opte pelo extra-amargo e consuma-o sempre com moderação

 

Veja abaixo as calorias as calorias em 100g ( 1 ovo pequeno) :

Extra amargo ( com pelo menos 75% de cacau) – 544 calorias

Amargo ( 50 a 75% de cacau) –  544 calorias

Meio amargo ( 35 a 50% de cacau) –  503 calorias

Ao leite ( menos de 40% de cacau)  – 540 calorias

Diet  – 440 calorias

Light – 440 calorias

Branco – 570 calorias


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5 de fevereiro de 2016 Fígado

Se você exagerou no consumo de bebidas alcoólicas e no dia seguinte acorda com dor de cabeça intensa, enjoo, tontura, fraqueza e muita sede, saiba: você está de ressaca!


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5 de fevereiro de 2016 FígadoNotícias

Se você exagerou no consumo de bebidas alcoólicas e no dia seguinte acorda com dor de cabeça intensa, enjoo, tontura, fraqueza e muita sede, saiba: você está de ressaca!

A ressaca é uma manifestação de que seu corpo está debilitado.

“O álcool causa uma desidratação celular grave e esse é um dos fatores da cefaleia do dia seguinte, que muita gente atribui ao fígado, mas não é isso que ocorre com a maioria das pessoas”.

Embora o excesso de álcool possa provocar gastrites agudas e até hepatites alcoólicas, o fator mais importante da ressaca é a desidratação das células cerebrais. Também o excesso de álcool, especialmente em jejum, pode predispor você a ter uma hipoglicemia (queda do açúcar no sangue) que tende a piorar o mal estar com fraqueza, tonturas, enjoo.
Para “curar” a ressaca, separamos algumas dicas úteis e que podem ajudar:

 

Hidrate-se!

A melhor maneira de combater os sintomas da ressaca é bebendo muita água! Inclusive, é recomendado que se beba água mesmo enquanto está tomando álcool.

Faça refeições leves

Evite o jejum. Faça refeições leves e prefira alimentos que ajudem na reposição de líquido, como as frutas.
Carboidratos (pão, massas etc) e doces também podem ajudar no caso da diminuição de açúcar no sangue (hipoglicemia). Evite os alimentos gordurosos como embutidos, carnes vermelhas e as frituras. Eles são mais difíceis de digerir e podem facilitar vômitos e azia.

 

Descanso

A eliminação completa do álcool pelo organismo pode levar até 12 horas.
Esse tempo vai depender da quantidade de álcool ingerida, do peso, do sexo e do metabolismo de cada um.
Também é importante lembrar que o álcool em excesso, mesmo apenas aos sábados e domingos também faz mal.
Não beber nada alcoólico durante a semana e exceder aos finais de semana causa os mesmos dados ao corpo que aquele que bebe todos os dias.
Os remédios “protetores” do fígado (geralmente vendidos em flaconetes) não apresentam nenhum efeito comprovado para evitar a lesão hepática, não acredite na propaganda que fazem.

Portanto, neste Carnaval, divirta-se e seja moderado!

Fonte: http://alalao.blogfolha.uol.com.br/2016/02/02/de-outro-porre-ao-aspargo-medicos-e-boemios-dao-dicas-para-acabar-com-a-ressaca/

 

Acesse aqui e assista nossos vídeos sobre esteatose e hepatite.


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4 de fevereiro de 2016 FígadoNotícias

O alcoolismo implica no aumento de risco para várias complicações de saúde, como doenças do fígado, problemas gastrointestinais, pancreatite, neuropatias periféricas, problemas cardiovasculares, prejuízos cerebrais, imunológicos, anemias, osteoporose e câncer.

Vale lembrar que, para algumas pessoas, de acordo com idade, gênero e aspectos individuais de saúde, o consumo pesado e contínuo de bebidas alcoólicas por muitos anos, mesmo que não seja diagnosticado como alcoolismo, pode estar relacionado às doenças mencionadas.

Confira a relação com os 10 principais danos que podem aparecer em quem bebe intensamente por longo período de tempo:

1. Doenças do fígado
2. Problemas gastrointestinais
3. Pancreatite
4. Neuropatia periférica
5. Problemas cardíacos e vasculares
6. Prejuízos cerebrais
7. Disfunções imunológicas
8. Anemia
9. Osteoporose
10. Câncer

Você tem dúvidas sobre os maus que o álcool traz para seu fígado?

Clique aqui e confira nosso vídeo explicativo.


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25 de janeiro de 2016 FígadoNotícias

A Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica (DHGNA) é uma inflação do fígado que ocorre em pessoas que não bebem álcool em excesso.

Ela é considerada atualmente uma das doenças mais frequentes do fígado, principalmente em países ocidentais e estima-se que 20% da população sofra desta doença.

A Esteato Hepatite conhecida pela sigla NASH é a forma mais avançada da doença.

 

Quer saber mais sobre DHGNA? Acesse aqui e confira nosso vídeo.


Tudo sobre Fígado

O Tudo Sobre o Fígado é um canal de comunicação do Instituto Brasileiro do Fígado (IBRAFIG). O IBRAFIG foi criado em 31 de julho de 2015 como órgão vinculado à Sociedade Brasileira de Hepatologia (SBH) com o propósito de divulgar e conscientizar a população sobre as doenças do fígado.

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